As estrelas de rock e os OVNIS
O aspecto mais fascinante do imaginário do rock and roll é a sua maleabilidade. É usual cantar-se a dor, a perda ou o amor, entre muitos outros temas. Em áreas como o ocultismo é usual referenciarem-se muitas bandas de heavy metal.
Os Black Sabbath, neste quadrante, tornaram-se pioneiros por mérito próprio desse tipo de abordagem.
Será, por isso, lógico admitir que as estrelas de rock tenham opinião formada sobre os ovnis e/ou que possam escrever canções sobre esse imaginário.
John Lennon foi um dos casos mais paradigmáticos nessa matéria.
Em Agosto de 1974 o antigo beatle viu um OVNI da janela de um apartamento em Nova Iorque. "O objecto era grande, luminoso e pairava sobre o Rio Hudson sem fazer nenhum ruído", confessou a Frederic Seaman em 1979.
Lennon acreditava que existia uma conspiração ao mais alto nível para abafar este tipo de casos: "Se a população começar a aceitar os OVNIS, isso poderá afectar a sua atitude para com a vida, política, sociedade, tudo".
Em finais de 1980 o autor de «Imagine» escreveu a canção «Nobody Told me». Numa passagem do tema cantava: "Pairam OVNIS sobre Nova Iorque mas eu não estou muito surpreendido".
Os anos 70 revelaram uma banda que fez da ficção científica e do psicadelismo o seu modus vivendi musical.
Os Blue Oyster Cult foram um notável grupo de hard-rock que assinou alguns dos mais notáveis momentos do género.
Ao belíssimo tema «Astronomy», de 1974, seguir-se-ia dois anos mais tarde «E.T.I. (Extra Terrestrial Intelligence)». Neste tema Eric Bloom cantava sem rodeios: "Três homens de negro disseram, não contem isto". Os homens de negro, criaturas que abafam os relatos de OVNIS, eram complementados na canção por um certo "Balthazar que descobriu as notícias de OVNIS".
Interesse da comunidade rock prolonga-se
Mais tarde, na década de 80, surgiu uma das mais interessantes bandas de rock de todos os tempos. Decorria o ano de 1986 e os Pixies começavam a dar os seus primeiros passos.
Frank Black, vocalista, sempre manifestou interesse na temática dos discos voadores e na mais famosa das bases secretas norte-americanas, a Área 51. O resultado desse interesse exprimiu-se em diversas canções: «Monkey gone to heaven», «Motorway to Roswell», pode-se ser mais óbvio ? e «Velouria», um tema sobre uma mulher extraterrestre.
Em 1995 o ex-Nirvana Dave Grohl formaria os Foo Fighters.
O antigo baterista dos pais do Grunge dava à sua nova banda o nome dos estranhos objectos observados pelos pilotos da segunda guerra mundial. Este baptismo deveu-se sem dúvida ao interesse de Grohl pelo fenómeno OVNI.
Os Foo Fighters escreveriam em 1996 o prodigioso tema «Down in the Park», para a banda sonora dos «X-Files».
No campo alternativo realce para o agrupamento Sci-Fi Prodigy do Canadá. A temática das canções do conjunto é o paranormal e os OVNIS. Todos os membros da banda tiveram experiências com fantasmas ou com discos voadores.
A língua portuguesa também contempla o fenómeno ovni nas suas canções. O pai do rock brasileiro, Raul Seixas, cantava em 1973 no seu "Ouro de Tolo" que: "No cume calmo do meu olho que vê assenta a sombra sonora de um disco voador".
O universo do rock parece ter-se apropriado de uma fenomenologia que, na sua versão moderna, tem mais de 50 anos.
Espera-se que a temática continue a servir para escrever boas canções e para tomadas de posição positivas. Se isso acontecer os dois universos terão ganho mais qualquer coisa. De resto, uma boa canção de quatro minutos ou um videoclip alusivo ao tema, como o dos Travis, têm o poder de captar a imaginação de um público que importa conquistar.
Os Black Sabbath, neste quadrante, tornaram-se pioneiros por mérito próprio desse tipo de abordagem.
Será, por isso, lógico admitir que as estrelas de rock tenham opinião formada sobre os ovnis e/ou que possam escrever canções sobre esse imaginário.
John Lennon foi um dos casos mais paradigmáticos nessa matéria.
Em Agosto de 1974 o antigo beatle viu um OVNI da janela de um apartamento em Nova Iorque. "O objecto era grande, luminoso e pairava sobre o Rio Hudson sem fazer nenhum ruído", confessou a Frederic Seaman em 1979.
Lennon acreditava que existia uma conspiração ao mais alto nível para abafar este tipo de casos: "Se a população começar a aceitar os OVNIS, isso poderá afectar a sua atitude para com a vida, política, sociedade, tudo".
Em finais de 1980 o autor de «Imagine» escreveu a canção «Nobody Told me». Numa passagem do tema cantava: "Pairam OVNIS sobre Nova Iorque mas eu não estou muito surpreendido".
Os anos 70 revelaram uma banda que fez da ficção científica e do psicadelismo o seu modus vivendi musical.
Os Blue Oyster Cult foram um notável grupo de hard-rock que assinou alguns dos mais notáveis momentos do género.
Ao belíssimo tema «Astronomy», de 1974, seguir-se-ia dois anos mais tarde «E.T.I. (Extra Terrestrial Intelligence)». Neste tema Eric Bloom cantava sem rodeios: "Três homens de negro disseram, não contem isto". Os homens de negro, criaturas que abafam os relatos de OVNIS, eram complementados na canção por um certo "Balthazar que descobriu as notícias de OVNIS".
Interesse da comunidade rock prolonga-se
Mais tarde, na década de 80, surgiu uma das mais interessantes bandas de rock de todos os tempos. Decorria o ano de 1986 e os Pixies começavam a dar os seus primeiros passos.
Frank Black, vocalista, sempre manifestou interesse na temática dos discos voadores e na mais famosa das bases secretas norte-americanas, a Área 51. O resultado desse interesse exprimiu-se em diversas canções: «Monkey gone to heaven», «Motorway to Roswell», pode-se ser mais óbvio ? e «Velouria», um tema sobre uma mulher extraterrestre.
Em 1995 o ex-Nirvana Dave Grohl formaria os Foo Fighters.
O antigo baterista dos pais do Grunge dava à sua nova banda o nome dos estranhos objectos observados pelos pilotos da segunda guerra mundial. Este baptismo deveu-se sem dúvida ao interesse de Grohl pelo fenómeno OVNI.
Os Foo Fighters escreveriam em 1996 o prodigioso tema «Down in the Park», para a banda sonora dos «X-Files».
No campo alternativo realce para o agrupamento Sci-Fi Prodigy do Canadá. A temática das canções do conjunto é o paranormal e os OVNIS. Todos os membros da banda tiveram experiências com fantasmas ou com discos voadores.
A língua portuguesa também contempla o fenómeno ovni nas suas canções. O pai do rock brasileiro, Raul Seixas, cantava em 1973 no seu "Ouro de Tolo" que: "No cume calmo do meu olho que vê assenta a sombra sonora de um disco voador".
O universo do rock parece ter-se apropriado de uma fenomenologia que, na sua versão moderna, tem mais de 50 anos.
Espera-se que a temática continue a servir para escrever boas canções e para tomadas de posição positivas. Se isso acontecer os dois universos terão ganho mais qualquer coisa. De resto, uma boa canção de quatro minutos ou um videoclip alusivo ao tema, como o dos Travis, têm o poder de captar a imaginação de um público que importa conquistar.
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